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01/08/08

A DIREITA É MAIS TÍMIDA

Manuel Joaquim

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O Jornal de Negócios, do passado dia 16 de Julho, publicou uma entrevista com o Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco Van Zeller, apresentado como o patrão da industria, sobre o novo Código do Trabalho, com chamada de primeira página e com duas páginas centrais, que é muito importante para caracterizar o momento que atravessamos e alguns dos interventores.

Quando o patrão dos patrões diz que “felizmente temos um José Sócrates” e que “Vieira da Silva fez melhor do que um governo de direita” e que “o Código do Trabalho devia ir mais longe nos despedimentos” é suficientemente claro que quem perdeu com esta iniciativa do governo do Partido Socialista foram os trabalhadores em geral.

Refere que “não tem duvida nenhuma de que o novo CT melhora as condições de produtividade através da caducidade dos contratos, do artigo 4º (que permite negociar os artigos do código para melhor e para pior) e a organização do tempo de trabalho “ ou seja, algumas das grandes conquistas do patronato.

Em reforço do afirmado, sobre a adaptabilidade grupal e os horários concentrados poderem ser negociados individualmente, declara que “foi uma vitória nossa sem dúvida nenhuma” (do patronato). E sobre o tal “banco de horas”, inserido no chamado mecanismo da flexibilidade, diz que “no fundo é para acabar com o conceito de horas extraordinárias. Trabalhar mais duas horas além dos horários passa a ser regular”.

Mais adiante diz que “os governos de direita são mais tímidos no que respeita a relações de trabalho” e que, no que respeita a negociações colectivas, “na maior parte dos casos podemos recorrer à UGT e, se conseguirmos contratos vantajosos, contar com a adesão individual”.

Tudo o que atrás é referido pode ser confirmado na edição do referido jornal.

Serão necessários mais factos para deixarmos de ter dúvidas de que toda a campanha de esclarecimento, de denúncia e de luta desenvolvida pela CGTP estava e está certa, naturalmente, na perspectiva dos trabalhadores?

Quando o patrão dos patrões diz que podem recorrer à UGT e aos sindicatos da UGT que papel desempenha esta organização? Não será esta afirmação uma confirmação de que a UGT é uma correia de transmissão do Partido Socialista e dos restantes partidos da direita e que está especialmente ao serviço do patronato e do grande capital? O que mais é preciso dizer para o demonstrar?

Alguns sindicatos representativos, que efectivamente defendem os trabalhadores, continuam filiados na UGT, como é o caso do SINAPSA, cuja adesão, na época, foi legalmente muito polémica.

A prática sindical da UGT, desde a sua fundação, foi sempre a de provocar a divisão das organizações sindicais, fragilizar as suas legítimas lutas, estar ao serviço do patronato, como agora é claramente confirmado pelo presidente da CIP.

Não será a altura de os sindicatos sérios, como é o caso do SINAPSA, deixarem de financiar esta organização inimiga dos trabalhadores, dirigida por traidores, que contribui fortemente para a exploração dos trabalhadores portugueses pelo grande capital?


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1 comentário:

Anónimo disse...

Já está finalmente esse grande desejo para muitos trabalhadores de seguros.

O SINAPSA saíu da UGT.

PELOS TRABALHADORES!

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