StatCounter

View My Stats

01/09/20

TEMPOS DE CRISE

Manuel Joaquim
         

https://www.google.com/search?q=pandemia+2020+mundo&tbm=isch&ved=2ahUKEwjIkIb0jsjrAhVKEhoKHXReAGEQ2-cCegQIABAC&oq=pandemia+2020+mundo&gs_lcp=ChJtb2JpbGUtZ3dzLXdpei1pbWcQAzIGCAAQCBAeMgYIABAIEB46BAgjECc
6BAgAEB46AggAUJ5PWNt0YOR-aABwAHgAgAHfAYgBvw6SAQYwLjEyLjGYAQCgAQHAAQE&sclient=mobile-gws-wiz img&ei=0lNOX8jfCcqkaPS8gYgG&bih=680&biw=1280&client=tablet-android-samsung&prmd=imnv&safe=active&hl=pt-PT&hl=pt-PT#imgrc=_mie2zUxkpTGFM&imgdii=3iN9Vc6mwB2szM


Diarreias de língua temos encontrado nestes tempos de pandemia em jornais, revistas, folhas de couve que se publicam em muitos locais, programas de rádio e de televisão sobre a realização da Festa do Avante! no sentido de influenciar as pessoas com o medo e condicionar as instituições de forma a isolar politicamente o PCP, partido organizador daquele evento.

Uma das pessoas que mais tem dado à língua é um conhecido dirigente partidário, de formação germanófila, não sei se em casa tem a águia imperial, que, esquecendo-se de apresentar propostas válidas para a resolução dos problemas do país e das pessoas, cavalga o tema sem vergonha. A sua linguagem nunca foi brilhante. Desde os tempos de estudante e quase sempre nas direcções das associações da sua escola, habituou-se a ter a língua cheia em convivência com as direcções da escola nomeadas para servirem os interesses dominantes. Para isso, em determinada altura, o Banco Mundial mandou fechar a escola para alterar os programas de ensino.

Muitos estudantes, após o 25 de Abril, fizeram os seus cursos universitários, com passagens administrativas, simplesmente por estarem matriculados nas diversas disciplinas. Outros, beneficiando do encurtamento de tempos para a realização de exames por terem estado no serviço militar. Outros, por estarem nas direcções das associações de estudantes e passarem a beneficiar de calendários diferentes para a realização de exames e alguns a beneficiarem do conhecimento antecipado dos exames por diversos esquemas montados, nomeadamente através de explicações dos próprios professores a quem pagavam generosamente.

O actual Governador do Banco de Portugal, numa ocasião em que era ainda Ministro das Finanças, a uma pergunta que lhe foi dirigida pelo tal dirigente partidário, economista, sobre um determinado assunto que estava em discussão na Assembleia da República, respondendo, disse-lhe que ele simplesmente não percebia nada de economia. E o homem calou-se, certamente reduzido à sua expressão mais simples, mas não com vergonha por não a ter.

Os tempos de crise não resultam só da pandemia. Existe uma verdadeira pandemia nas relações internacionais provavelmente mais grave do que a pandemia do coronavírus19. A crise económica está em desenvolvimento acelerado desde muito antes da crise do vírus.




Se até há relativamente pouco tempo as crises económicas e políticas eram superadas através da intervenção militar, hoje, a situação alterou-se profundamente. As forças em presença estão muito mais equilibradas. Mas continuam a existir cabecinhas que estão interessadas no confronto, pensando que terão êxito.

A Segunda Guerra Mundial não teve o desfecho que muitos esperavam. As guerras da Coreia e do Vietname também não. As derrotas nas guerras do Afeganistão, do Iraque e da Síria já foram praticamente assumidas. Mas continuam a destruir pessoas e riquezas. Maus ventos aproximam-se das nossas casas. A Turquia, Grécia e Chipre, com intervenção clara da EU/Nato, (Turquia pertence à Nato); a Líbia, com intervenção da Turquia e Egipto e outros; a Bielorrússia, com intervenção EU/Nato e Rússia. Mais longe, mas tão perto, os conflitos da Venezuela e EUA e Colômbia; da China e EUA; Irão e EUA, sem esquecer a Coreia. 

Os noticiários falam cada vez mais sobre os EUA. É a crise do vírus, do racismo, do desemprego, da campanha eleitoral em curso, das dificuldades crescentes das populações. As incertezas sobre o futuro próximo podem levar algumas cabecinhas que lá existem a provocarem conflitos militares, conflitos de “falsa bandeira”, para justificarem intervenções militares para desviarem as atenções dos problemas internos. Foi sempre assim. Mas nos últimos dez anos a situação mundial alterou-se profundamente.






Sem comentários:

View My Stats