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01/01/16

CONCERTO PELA PAZ



Manuel Joaquim




Estamos a viver tempos conturbados.

Em Portugal, os ventos de uma nova política ainda não são suficientes para clarificar o sentido dos caminhos que estão a ser traçados. Os pesados tapetes que cobrem os lixos nauseabundos acumulados nos últimos anos estão a ser levantados. E vão sendo identificados aos poucos. BES, Novo Banco, Banif, CGD, BCP; MG, BPI, sociedades financeiras, empresas de seguros. Hospitais que deixam morrer doentes por falta de assistência, escolas paralisadas, crianças a percorrer centenas de quilómetros para terem instrução. E o lixo vai continuar a ser identificado. E, perguntamo-nos, como foi possível?

Alguns responsáveis pela varredura do lixo, gritaram aos quatros ventos que a saída da crise era já ali, ao virar da esquina, e que era limpa, vão abandonando o barco ou preparam-se para a fuga.

Entretanto, os empresários e dirigentes muito responsáveis alarmam-se com o aumento do salário mínimo para 530 euros ilíquido, mas não abrem o bico para comentarem os milhões enterrados na banca na sequência das gigantescas fraudes praticadas por personalidades dos negócios, da política e do futebol.

Internacionalmente, os problemas são cada vez mais complicados.

Para a comunicação social, a Ucrânia deixou de ser notícia. No entanto, a guerra continua. Os fascistas passaram a dar instrução militar a adolescentes para entrarem na guerra. Caminha-se para uma situação de guerra civil que rapidamente levará para um conflito internacional de escala desconhecida.

O Médio Oriente ocupa a ordem do dia da comunicação social. A intervenção da Nato na Líbia, para matar Kadafi e sacar petróleo, levou à destruição do país e à sua ocupação pelos terroristas que estão a ser derrotados no Iraque e na Síria. Esperemos que a Nato não venha a decidir enviar tropas para a Líbia para tentar salvar alguma coisa ainda nas mãos dos seus países. 

O conflito entre a Rússia e a Turquia, resultante não só do abate do avião russo sobre o território sírio, mas também pela grave responsabilidade que a Turquia tem no abastecimento dos terroristas mercenários e na comercialização dos saques do petróleo e de tudo o resto e na ocupação de territórios da Síria e do Iraque, sem consentimento dos respectivos governos, pode levar a um conflito desastroso, que, obviamente, arrastará muitos outros países.

Os dramas dos refugiados que diariamente as televisões apresentam serão muito pequenos se comparados com a dimensão que poderão tomar se os conflitos referidos se transformarem em guerras generalizadas. Estarão muito perto das nossas casas e das nossas famílias.

É neste contexto que o Núcleo do Porto do Conselho Português para a Paz e Cooperação vai realizar, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, no próximo dia 9 de Janeiro, pelas 17 horas, no Teatro Municipal Rivoli, um Concerto pela Paz, com uma diversidade de artistas de grande qualidade e prestígio. No átrio do Teatro vai estar uma exposição de trabalhos de agrupamentos escolares do Porto sobre o tema da PAZ. 

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