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01/02/13

DEZ ANOS

Mário Martins



Os resultados definitivos dos censos populacionais de 2011 fazem um retrato do país e mostram o que mudou desde os censos de 2001. Eis alguns dados interessantes:

POPULAÇÃO

  • O crescimento (+2%) foi suportado principalmente pelo saldo migratório (diferença entre o número de pessoas que regressaram ou se fixaram em Portugal e o número de pessoas que saíram do país);
  • O Algarve é a região do país que registou o maior crescimento (+14%), o Norte manteve, o Centro diminuiu 1% e o Alentejo diminuiu 2,5%;
  • Metade concentra-se em 33 municípios (de um total de 308) e 198 municípios (171 em 2001) perderam população;
  • Lisboa (547.733), Sintra (377.835), V. N. Gaia (302.295), Porto (237.591), Cascais (206.479), Loures (205.054), Braga (181.494), Matosinhos (175.478), Amadora (175.136) e Almada (174.030), são os dez municípios mais populosos, representando, em conjunto, cerca de um quarto da população;
  • Destes dez mais, Cascais (+35.796 pessoas), Braga (+17.302) e Sintra (+14.086) registaram os maiores crescimentos absolutos; Porto (-25.540), Lisboa (-16.924) eAmadora (-736) perderam população;
  • A maior parte da população é economicamente inactiva (42% empregada, 22% reformada, 15% com menos de 15 anos, 6% desempregada, 6% estudantil, 5% outra condição, 4% doméstica);
  • 70% da população empregada trabalha nos Serviços (60% em 2001), 18% na Indústria (23% em 2001), 9% na Construção (12% em 2001) e 3% na Agricultura (5% em 2001);
  • Vendedor em loja é a profissão mais representada (7,7% do total), seguida de Empregado de escritório (5,8%), Empregado de limpeza (5,0%), Trabalhador da construção civil (3,9%) e Professor do ensino básico e secundário (2,9%);
  • 48% da população com 15 ou + anos vive dos rendimentos do trabalho, 27% das pensões, 18% da família, 6% de subsídios, 1% de outras fontes;
  • O índice de envelhecimento da população (número de idosos sobre número de jovens) passou de 102 para 128; as regiões dos Açores e da Madeira são as únicas que apresentam mais jovens que idosos;
  • As idades de 70 ou mais anos cresceram 26%;
  • O número de indivíduos em idade activa, por idoso, diminuiu de 4,1 para 3,5; as regiões dos Açores (5,3), da Madeira (4,6) e Norte (4,0) estão acima da média, enquanto as regiões do Alentejo (2,6) e Centro (2,8) estão abaixo da média;
  • A população de nacionalidade estrangeira (394.496 pessoas, 52% das quais residem na região de Lisboa) cresceu 70%, representando 3,7% da total, enquanto no Algarve representa 12%;
  • 15% da população com 23 ou + anos possui ensino superior completo (9% em 2001); Lisboa é a única região acima da média nacional (21,4), enquanto as regiões do Alentejo (10,9) e dos Açores (11,3) estão significativamente abaixo;
  • Mais de metade dos diplomados do ensino superior concentrou-se em quatro grandes áreas de estudo: comércio e administração, formação de professores, saúde e ciências sociais; Letras, Direito, Engenharia e Ciências (excepto as Informáticas) baixaram;
  • A proporção da população com 15 ou + anos que completou pelo menos o 9º. ano de escolaridade aumentou de 38 para 50%; Lisboa (60%) e Algarve (53%) apresentam valores acima da média nacional;
  • A taxa de analfabetismo baixou de 9,0 para 5,2%;
  • 62% da população desloca-se de automóvel para o local de trabalho ou de estudo;

FAMÍLIA

  • O estado civil legal da população distribui-se por: casados: 47% (homens: 48, mulheres: 45), solteiros:40% (homens: 44, mulheres: 38), viúvos: 7% (homens: 3, mulheres: 11) e divorciados: 6 (homens:5, mulheres: 6);
  • As uniões de facto, face ao total de uniões conjugais, subiram de 6,9% para 12,9%; as regiões do Algarve (20,8) e de Lisboa (19,5) estão bem acima da média nacional, enquanto o Norte está abaixo (8,6);
  • A proporção de casais com filhos diminuiu de 57 para 50%;
  • A proporção de núcleos familiares monoparentais (só mãe ou só pai) aumentou de 12 para 15%; Madeira (19,7%), Lisboa (18,2%) e Algarve (16,3%) estão acima da média nacional;

PARQUE HABITACIONAL

  • Na última década continuou a expansão do parque habitacional: + 12% de Edifícios (total de 3.544.389) e 16% de Alojamentos (total de 5.878.756); Algarve e Madeira registaram os maiores crescimentos;
  • As residências secundárias representam 19,3% do total e os alojamentos vagos 12,5%; 40% dos alojamentos no Algarve são residências secundárias;
  • Os alojamentos arrendados representam 20% dos alojamentos de residência habitual;
  • Os proprietários com encargos por compra de habitação cresceram de 32 para 43% do total de proprietários;
  • O valor médio dos encargos por compra de habitação é de 395 euros (o mais alto é o da Madeira: 455 euros e o mais baixo é o do Alentejo: 352 euros), enquanto a renda média se situa nos 235 euros (a mais alta é a do Algarve: 291 euros e a mais baixa é a do Norte:197 euros).
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Resultados Definitivos
Censos 2011, Anabela Delgado

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