Hoje, sábado, 29 de Novembro, Dia
Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, realizou-se na cidade
do Porto, uma grande manifestação na qual participei, apesar da chuva abundante.
Muita juventude, muita determinação, com palavras de ordem muito
significativas:
- Hoje e sempre, Palestina
Independente!
- Palestina Vencerá!
- Libertar a Palestina – acabar
com a chacina!
- Israel é violência, Palestina é
resistência!
- Israel é culpado de um povo
massacrado!
- Em cada cidade, em cada
esquina, Somos todos Palestina!
Relativamente ao conflito na
Europa, li no facebook um texto de uma importante personalidade política do
Partido Socialista, daqui do Porto, que é o seguinte: ”Esta liderança europeia
é muito fraca. Não teve capacidade para fazer a Paz entre a Rússia e a Ucrânia
e pelo contrário sempre contrariou essa tendência sempre que a Paz esteve para
acontecer empenhou-se em impedi-la. Por detrás de todas estas manobras espreita
a III Guerra Mundial”
São palavras que mereceram a
minha atenção. São palavras que confirmam o que muita gente diz há muito tempo.
Bruxelas sempre investiu de forma muito clara no inevitável colapso e pilhagem
da Rússia. Os dinheiros gastos na guerra eram um investimento a prazo que seria
recuperado quando a Rússia fosse desmantelada. A Rússia teria uma derrota estratégica.
Há muitas afirmações de altos dirigentes da União Europeia a começar pela sua
Presidente e a terminar na que faz de Negócios Estrangeiros que acabou de declarar
que “se quisermos impedir que esta guerra continue precisamos reduzir o tamanho
do exército russo e o seu orçamento militar.” Esta senhora nunca se encontrou
com o Secretário de Estado Norte-americano, pois ele ainda não a recebeu,
provavelmente por não lhe reconhecer competência.
O único dirigente da EU que esta semana disse
através do jornal Expresso que é preciso falar com a Rússia, mas que ainda não é
o momento, foi António Costa.
Pelos vistos o programa para
negociações para a Paz apresentado por Donald Trump já foi alterado, mas a
última versão não é pública e os fazedores de opinião andam tontos pois não
sabem o que dizer. Entretanto Putin já acrescentou o seu Plano de Paz “As
forças ucranianas se retiram voluntariamente dos territórios russos
recentemente ocupados ou serão expulsos pela força militar para pôr fim aos
combates”.
Essas pessoas esquecem-se que “os
perdedores nas guerras não ditam os termos”, segundo Pepe Escobar.
Muitas pessoas sofrem de
complexos de colonialismo por o terem servido directamente ou por ligações
familiares e ainda não se conformaram com o 25 de Abril e com a democracia,
independentemente da sua instrução. A ignorância histórica leva-os a manifestarem
opiniões não racionais, mas emocionais, demonstrando que não percebem nada do
que se passa confundindo a sua opinião com a realidade. São vítimas das
manobras de diversão e de contra-informação, da arrogância que pretende
confundir, mas a realidade é que vivemos uma situação de crise internacional que
pode redundar num grande conflito.
1 comentário:
Excelente.
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