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01/01/15

2015

Mário Faria



Ano novo, vida nova. O povo tem sempre razão, por isso esta frase deve encerrar uma grande verdade. Que vida nova queremos em 2015? Vou aqui fazer um voto e um desejo: gostava de alterar alguns aspectos de base dos portugueses. Gostava que revíssemos a nossa autoestima marcada pelo pessimismo, que faz do fado canção nacional e do Benfica o clube do regime. Há um nevoeiro fino que nos cobre a alma, muito provavelmente anterior a D. Sebastião e que nos impede e ata. Somos cinzentos e olhamos com desconfiança o que se apresenta diferente desse registo. Sisudos como somos, duvidamos dos que são audazes e desafiam o modo atávico de olharmos para a vida. Há em cada um de nós um pouco de Velho do Restelo, de Vítor Gaspar e de Miguel Relvas. Alteremos pois, este destino, feito de seriedades e gravidades. Vamos aligeirar, vamos descontrair o gesto, desenrugar a testa, em nome do futuro. Vamos, enfim lutar por uma interrupção da austeridade a que os mercados nos sujeitam. Temos de olhar de frente para esta dominação do primeiro mundo que nos cerca e estrangula e ousemos discutir as inevitabilidades a que nos sujeitam para saciar o monstro da dívida que não pára de crescer e cujo custo se tornou insustentável. O que faz um cidadão aparentemente equilibrado ficar a assistir de forma complacente a este palavreado que nos empurra para baixo e insiste num projecto social do tipo Robin dos Bosques invertido? Não há quem ponha cobro a isto? Faço votos que os portugueses deem um empurrãozinho nas próximas eleições. Somos indispensáveis para mudar o estado das coisas. É esse o pequeno passo que faço votos seja dado.

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