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01/10/24

POESIA

Helena Serôdio




ESTRELA CADENTE



A noite tombou
Imersa na sombra.
Esvaída em luar,
A Lua acordou,
Arrastando no céu
Seu manto de arminho
Crivado de estrelas.

Pálida e triste
A Lua brilhou!
A noite cresceu,
Num silêncio
E envolveu num abraço
A face do Mundo.

E nesse momento,
Em que a noite desceu
E a Terra abraçou,
Uma estrela cadente,
Fendeu o espaço
Num jacto de fogo.
 Uma estrela cadente
O céu
inflamou!

A estrela brilhou
Sómente um instante
Na área infinita
Do imenso universo.
Depois se apagou.
A treva extinguiu
Seu rasto de luz.
E a estrela caiu
Do alto do céu,
Na Terra sombria
Onde se perdeu.

Uma estrela cadente,
Enorme e luzente,
Nasceu e morreu
E ninguém a viu!

Era a minha alma,
Que vivia hesitante
Entre a Terra e o céu.

E ninguém sentiu!....

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