Manuel Joaquim
Será que nas eleições que vão realizar-se nos EUA, no próximo mês de Novembro, vão estar presentes observadores internacionais para fiscalização do processo eleitoral?
Nas últimas eleições Trump denunciou que foram fraudulentas e a contestação violenta esteve nas ruas.
Para impedir a sua recandidatura encontraram um estratagema de que ele foi “às meninas” e que lhes pagou com dinheiro, através de um advogado que se “passou do seu lado mau para o lado bom “. Outros processos judiciais foram-lhe levantados, mas o homem ultrapassou a situação e é o candidato oficial do seu partido.
O ainda actual presidente, depois disso, disse publicamente que ele deveria estar na mira. E colocaram-no na mira. O rapaz que lhe apontou a arma era vesgo e só lhe acertou na orelha. O ainda actual presidente telefonou a Trump para lhe dizer que teve sorte. Como ainda faltam muitos dias para o dia das eleições vamos ver se o candidato chegará lá.
A directora dos Serviços Secretos foi ouvida por quem de direito. A senhora disse que foi uma “falha operacional. A maior falha das últimas décadas.” O processo de investigação está em curso. Já ocorreram demissões entre as quais da própria directora, entretanto elogiada pelo actual presidente.
Outras coisas estranhas aconteceram. Uma coisa é certa: o rapaz que esteve de serviço para matar Trump, foi morto, logo de seguida. No assassinato de J F Kennedy, o apontado como assassino, Oswald, foi morto por Jack Ruby. Mas até hoje o processo morreu. O processo de tentativa de assassínio de Trump também vai morrer.
O actual presidente já não é de facto presidente há muito tempo, pois quem dirige a presidência são outros e outras, mas como a teimosia do homem em manter-se no lugar era inconveniente para quem manda, afastou-se através de um texto escrito e assinado, cuja assinatura parece que não é dele, é o que consta.
Um jornalista importante, Seymour Hersh, revela que Obama o teria ameaçado com demissão ao abrigo da 25ª emenda da Constituição dos EUA se este não se retirasse da corrida presidencial, com a aprovação da vice-presidente. Seria considerado incapaz de exercer as suas funções e a vice-presidente assumiria o cargo.
A vice-presidente que substitui o ainda actual presidente na candidatura do seu partido, oficialmente, ainda não é candidata mas vai ser candidata apesar do partido ainda não ter decidido sobre o assunto.
Entretanto os cofres da sua candidatura estão cada vez mais cheios de dinheiro, dados pelos doadores. Se fosse no outro lado do mundo não eram doadores eram oligarcas, os donos do mundo.
Mas o ainda presidente, por uma forma ou por outra, pode não chegar a Novembro. Situações de desespero tentam servir de forças mobilizadoras. Nem sempre correm bem. Em Portugal, Soares Carneiro não foi eleito presidente.
As revoluções primaveris aconteceram nos países árabes aqui há uns anos. Manifestações, protestos, golpes de estado. Há quem ainda aposte em alterações de regimes que não são do seu agrado desta forma. É dos livros.
A Geórgia é um dos países que está a ser preparado para acontecimentos desse tipo. Uma presidente da república que é originalmente estrangeira, a trabalhar para a EU e NATO, a alimentar manifestações contra o governo e AR por aprovarem leis que não são do agrado da EU e NATO. A lei mais contestada é uma que obriga as ONG que recebem mais de 20% dos seus rendimentos do estrangeiro a registarem-se. A contestação faz-se, dizem, por ser idêntica a uma lei russa. Curiosamente, existem leis do mesmo teor noutros países, designadamente nos EUA há muitos anos.
Na Venezuela aconteceram eleições presidenciais. Os resultados não foram os esperados por quem manda no mundo. Os métodos para contrariar os resultados são já conhecidos. O sósia do Biden candidato não está melhor que o original pelo que se vê na televisão.
Uma dita delegação de membros do parlamento europeu, da coligação de direita, na maioria espanhóis e um português ainda virgem nestas coisas, pretendia entrar na Venezuela sem ser convidada e sem visto de entrada para fazer parte do coro contra o Maduro. Aqui há uns tempos, em anteriores eleições, parte da EU e o governo português do PS, reconheceram como presidente o candidato derrotado Guaidó, de quem já ninguém se lembra. Um ministro do PS nessa época, SS, na política e no nome, enviou uma secção de polícias armados para a Venezuela para participar num golpe de estado. Aconteceu que esses militares foram apanhados no aeroporto na Venezuela e foram recambiados. O caso foi abafado.
Agora querem contar os votos e ver as actas das assembleias de voto. A oposição diz que tem actas e provas mas não as mostra publicamente. Porquê? Como as obteve e que provas tem?
O que se vê nas televisões que temos é a oposição fazer conferências de imprensa com toda a liberdade, a dizer o que entendem dizer, pessoas descontentes com os resultados aparecem nas televisões principalmente em Portugal.
O que ninguém diz é que as eleições tiveram 1300 observadores internacionais, especialistas da ONU, do Carter Center, e que o antigo dirigente espanhol José Luís Zapatero também participou como observador. Querem preparar um novo golpe de estado no país da América do Sul com as maiores reservas de petróleo do mundo. É bom dizer que o Partido Comunista da Venezuela não apoia e está contra o governo de Maduro.
Netanyahu foi aos EUA reunir e discursar no Congresso onde foi fortemente apoiado pelos congressistas presentes. Faltaram muitos congressistas e funcionários e Kamala Harris também não esteve presente.
Israel não respeita decisões das instâncias internacionais, nem os EUA dão cumprimento a essas decisões, nomeadamente de tribunais internacionais. Falou em nome de Israel como guarda avançada dos EUA na região. Pediu que os EUA ataquem o Irão. Entretanto Israel pediu a expulsão da Turquia da Nato. São as armas dos EUA que estão a matar a população palestina, a eliminá-la do mapa. A história de Israel é muito interessante para se compreender a situação actual. É um porta-aviões americano (e não só) estacionado no médio oriente por causa do petróleo existente nos países árabes. Por que será que ao fim de 50 anos, quase todos os países que sempre apoiaram Israel, estão agora a defender o reconhecimento de dois estados independentes, Israel e Palestina?
O que se passa à nossa porta, na Europa, ninguém quer saber. A guerra na Ucrânia continua, cada vez mais violenta, com consequências imprevisíveis para as nossas vidas. Discute-se o Costa na Comissão Europeia, o homem que saiu do armário movimenta-se mandando bitaites sobre isto ou aquilo, aparecem uns comentadores nas televisões que facturam ao minuto os seus tempos de presença e o que se passa na realidade não é falado.
Mas aparecem alguns inteligentes a defender a guerra e a necessidade de derrotar a Rússia e esquartejá-la para melhor conseguirem apropriarem-se das suas riquezas. Inteligentes que estão em órgãos dirigentes da União Europeia, da Nato e nos Estados Unidos. Zaluzhny, agora embaixador na Inglaterra, ex-comandante dos exércitos da Ucrânia, disse há uns dias que “a própria existência da Rússia já é uma ameaça”. São ideias alimentadas desde o início do século XX. Esperemos que o feitiço não se vire contra o feiticeiro para o bem de todos.
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