01/02/17
BERLUSCONI, BENNY HILL E TRUMP
1) Travar os comunistas, foi sempre a motivação maior de Sílvio Berlusconi. Era, na altura, um empresário de sucesso, um dos homens mais ricos de Itália, dono do clube de Futebol Milan, de canais e de vários outros negócios. No Outono de 1993 – quando a classe política italiana se desmoronava na sequência da operação anti-corrupção que ficou conhecida como “Mãos Limpas” – Berlusconi achou que tinha chegado a altura de entrar em campo. Tinha dinheiro, tinha um poderoso grupo de comunicação, tinha carisma, acreditava que era preciso pôr um travão à extrema-esquerda e, sobretudo, aos “juízes vermelhos”. Decidiu avançar. Força Itália, assim batizou o novo partido que imediatamente foi caracterizado como o “partido empresa”. Arrancou em 18 de Janeiro de 1994, mas foi a 26 que o acontecimento foi formalmente anunciado aos italianos, através de uma cassete de vídeo enviada para as televisões. “A Itália é o país que amo”, dizia Berlusconi e que serviu de slogan de lançamento do novo partido e assinatura das campanhas que se seguiram. Ninguém sabia o que esperar de um partido que era afinal, um homem. Berlusconi era o financiador, o ideólogo, a imagem, a força, a energia de “Força Itália”, nome inspirado no futebol, claro. O partido não tinha ideias, não tinha políticos, e sobretudo, não tinha base social. No entanto, em dois meses a Força Itália vencia as eleições, com 20% dos votos e três meses depois de ter decidido entrar na política, Berlusconi era o novo primeiro-ministro de Itália. As técnicas de marketing, a ideia de que um empresário de sucesso transformaria o país numa “empresa” de sucesso” tinha cativado os italianos. Mas também é evidente que mutos se reviam no discurso do medo nomeadamente da intromissão dos comunistas e dos sindicatos para travar as reformas estruturais a que se propunha. A euforia durou muito pouco e o primeiro-ministro vê-se forçado a demitir-se, devido aos desentendimentos entre os seus aliados, os pós-fascistas Gianfranco Fini, e o federalista e xenófobo Umberto Bossi. São muitos os que previram aí o fim da carreira política de Berlusconi. Enganaram-se. O político-empresário aguentou a travessia do deserto e regressou. A 13 de Maio de 2001, Berlusconi ganhou as eleições e foi novamente primeiro-ministro. E a saga continua.
2) Um jornalista associou Trump a um velho actor cómico inglês que dava pelo nome de Benny Hill e que há uns largos anos a nossa TV deu a conhecer. Loiro, extravagante, disparatado, corrosivo e um penteado semelhante ao do actual presidente dos EUA, poderia fazê-lo passar como seu sósia, ou vice-versa, melhor dizendo. As semelhanças acabam aí. O facto de Trump ser ridículo na sua expressão corporal não diminui a séria ameaça que representa para o mundo. E sim: deve ser levado a sério. O Benny Hill era um notável comediante que soube aproveitar os temas de escárnio e mal dizer para deles nos rirmos como se nada fosse connosco. E foi brilhante, à sua maneira. Gosto de pensar que não pouparia Trump se fosse vivo.
3) José Pacheco Pereira escreveu no Público: “Pois deitem salvas e foguetes, uma personagem destas chegou a Presidente dos EUA. É um populista e um demagogo clássico? Também é, mas é mais moderno do que clássico, mais novo do que antigo. Esqueçam a senhora Le Pen (não, não esqueçam), um produto reciclado da extrema-direita francesa, uma das que têm maior história na Europa, porque Trump é outra coisa, com outra história, outros know-how, outros riscos enormes para a democracia e a paz do mundo. Trump é um populista e um demagogo, mas também é um revolucionário, quer realmente mudar as coisas, nem que para isso tenha de levar tudo à frente.”
4) Basta ler o perfil, o projecto e a caminhada de Berlusconi para concluir que o plano de Trump lhe segue as pisadas ao nível macro, pois assenta no imenso sucesso pessoal e empresarial e que dele se serve como legitimação para o programa e modelo de governação. E os medos, anseios, oportunidades, riscos e promessas, constituem o cimento que serve para consolidar um poder que se estima tenha escassa regulação. Hoje, o perigo do comunismo está controlado e emerge a ameaça do terrorismo islâmico, a instabilidade em consequência da onda de emigrantes, exilados e refugiados que procuram o ocidente e provocam severas políticas anti-imigração a roçar a xenofobia. Trump vai seguir o seu programa sem hesitações. Para além dos anos que os separam, a grande diferença entre Berlusconi e Trump é de escala. Um primeiro ministre de Itália não tem o poder do presidente da superpotência e isso marca toda a diferença. Os tiques e o tom ordinário também os aproximam. Por tudo isso e bastante mais, considero Trump um perigoso reacionário. Afinal, ele pretende regressar ao passado ainda que seja um hábil manipulador das redes sociais.
CARTAS DE SANTA MARIA
Ondarroa, 31 de Janeiro
Subitamente atravessei o Estado espanhol de Sul para Norte até ao litoral do País Basco. Está de chuva, mas hoje ocorreu uma espécie de intervalo e a temperatura não é a de um Inverno rigoroso, mas o mar parece querer revoltar-se. Esta pequena vila fica a meio caminho entre Bilbau e Donostia. Passei por aqui quando visitei Guernika e procurava chegar a Hernâni. Surpreendido pela beleza do litoral, com as suas colinas verdejantes, os seus bosques, numa paisagem que mais parecia um desenho, deixei-me arrastar nessa velocidade que quase não necessita de aceleração. Desta vez foi Uribe quem me trouxe. Não o nauseabundo ex-presidente da Colômbia, mas antes Kirmen Uribe, escritor Basco que escreve em língua euskara. Em 2011 foi editado um dos seus livros, em português, com o título, Os Dois Amigos. O encanto da sua escrita impôs-me uma segunda leitura, mas só fazia sentido, se o voltasse a ler em Ondarroa, a sua terra natal e o lugar central do seu relato. O autor fala-nos de um romance que pretende escrever, percorrendo três gerações da sua família, enquanto viaja entre Bilbau e Nova Iorque, via Frankfurt. Só que ao falar-nos do seu avô dos seus pais e de si próprio, vai-nos levando em viagem pela história do século XX de Ondarroa e de certa forma do País Basco. A sua exposição calma, serena, coloca-nos no centro desta vila de pescadores, da pesca longínqua, das adversidades do mar, da coragem daqueles que, ao mesmo tempo que arriscando a vida nessa labuta marítima, não sabem viver fora do oceano. Dos seus avós, escolheu a figura de Libório, o mais controverso, pese embora ser pessoa afável, contador de estórias e bom amigo. A violenta guerra de 36 com os seus assassínios, as suas maldades e que levou os criminosos ao poder, encontra o avô Libório preso. Sabe-se lá porquê, assinou uma petição a favor da sedição da tropa fascista. Uma bomba da aviação dos insurrectos, libertou-o, mas a mancha ficou. Diz-nos ainda como sentiu a morte do pai já em idade adulta, esse pai que lhe contava estórias de quando a sua traineira viajava para as longínquas paragens a norte da Escócia, nesse mundo perdido de St. Kilda, uma ilha de 5 por 2,5 kms que esteve habitada até à década de 30 do século passado e cuja população para enviar o correio, construía barquinhos em madeira, onde introduziam a carta e um penny e lançavam-no ao mar com a indicação, «please, open». Dias depois, chegava a terra, no norte da Escócia ou à costa da Noruega. Por todos estes aspectos necessitava de uma nova leitura, mas para sentir de facto o pulsar desta literatura encantada, necessitava de pisar o mesmo chão dos personagens. É o que tenho feito nos últimos dias, passeio a solidão e a imaginação por entre as ruas estreitas de Ondarroa com o olhar procurando no horizonte aqueles que passam por nós e ficamos a amar. Euskal Herria é uma nação sofrida, carregada de dramas, tantos que a própria história tem dificuldade em transportar, mas Kirmen Uribe leva-nos numa viagem tranquila entre o chão e o mar, entre o perto e o longínquo, entre a sua família e as outras que a rodeavam, nessa solidariedade que vinha da vida marítima, mas também daquela que sobrevive à exclusão política e linguística. O seu livro acaba por parecer um compêndio de estórias, dessas que compõem a vida humana, das que nos permitem com o avançar dos anos olhar para o caminho percorrido e sentir o pulsar da nossa existência, ver onde estiveram os erros e os sorrisos. Há livros que pela sua ternura quase parecem um manual que nos ensina a amar. Ondarroa dá-nos essa sensação, de nos sentirmos bem no meio das adversidades, dos tremores de terra que aqui e ali nos sacodem o pensamento e nos fragilizam, nos deixam nesse limbo em que não vemos luz na estrada que seguimos, um cego a quem apagaram as velas que mostravam os limites do caminho. Há algo diferente no território dos bascos, um certo fascínio que não se vê, mas se sente. Talvez, uma linha entre o estrondo das bombas assassinas sobre Guernika e a beleza da literatura clara de Kirmen Uribe. Amanhã vai chover e deixo Ondarroa. Sigo para Nordeste.
Fernão Vasques*
* Por favor, não me confundam com o corajoso alfaiate que em 1371 ousou desafiar, em nome do povo, O Formoso e a futura rainha. Sou apenas um sonhador, digo eu, dos finais do século XX com endereço em Santa Maria das Júnias. São duas ruínas que se amparam, as minhas e as do mosteiro.
CHEGAR A CORONEL SEM UM DIA DE QUARTEL
“O Capitão que chegou a Coronel sem um dia de quartel”.
Foi nestes termos que o General Humberto Delgado se referiu a Santos Costa, um dos mais íntimos colaboradores de Salazar, cuja influência foi determinante, em muitos aspectos, para a ditadura fascista.
O regime fascista vai sendo estudado por alguns bons historiadores, documentos académicos de grande qualidade estão publicados, mas a generalidade das pessoas não têm um conhecimento aprofundado sobre muitos factos e acontecimentos desse período da nossa vida nacional.
O papel desempenhado pelo general Santos Costa é mal conhecido, bem como o papel desempenhado pelo General Júlio Botelho Moniz na tentativa de golpe militar para afastar Salazar do poder, na qual colabora Costa Gomes, que veio a desempenhar um papel de relevo no 25 de Abril de 1974. As dissidências na estrutura militar do regime fascista aconteceram.
Por isso, é interessante tomar conhecimento de um documento anónimo, distribuído nos finais dos anos cinquenta, demonstrativo de que existiam forças capazes de intervir no seio das forças militares e militarizadas e a nível das populações, contribuindo para a sua consciencialização política. Esse documento, com erros, propositados ou não, é a denúncia dessa personagem e do que o regime fascista permitia e alimentava. Os processos de roubos e de corrupção que actualmente estão em curso, de banqueiros e de políticos, que todos nós conhecemos, não são processos de situações desconhecidas.
SOMBRAS AO ENTARDECER
António Mesquita
(101 Greatest Jewish Books, Darkness at Noon, Arthur Koestler)
"A vontade geral é realmente coercitiva; o seu poder não tem limites. Mas o castigo que imporá a quem lhe recusar a obediência não é mais que uma forma de 'o forçar a ser livre'. A deificação completa-se quando Rousseau, separando o soberano das suas próprias origens, chega a distinguir a vontade geral da vontade de todos. Isso pode ser deduzido logicamente das premissas de Rousseau. Se o homem é naturalmente bom, se nele a natureza se identifica com a razão, ele irá exprimir a excelência da razão, desde que se expresse livre e naturalmente. Ele não pode mais, portanto, voltar atrás na sua decisão, que paira de agora em diante acima dele. A vontade geral é em primeiro lugar a expressão da razão universal, que é categórica. Nasceu o novo Deus."
Auguste Comte quis ver aqui uma sucessão histórica, em que a 'idade teológica' teria sido substituída pela 'idade metafísica' para, mais tarde, se alcançar o 'positivismo' do seu tempo.
A liberdade, a Igualdade e a Fraternidade (a trilogia da Revolução Francesa) são princípios abstractos que emanam de uma Razão universal emancipada, mas tolhida por uma 'doença infantil' que 'justificou' a crença num progresso eterno da virtude e que redundou, já nos nossos tempos, numa sucessão de crimes sistemáticos, mas com as mais altas aspirações. O cinismo social que já era uma característica do período decadente do 'ancien régime' voltou a flagelar a sociedade saída dos partos revolucionários do século XX, mas sob o modo trágico (apesar do 'mot' de Marx sobre o regresso como farsa). A personagem de 'Dark at Noon', Rubashev, é um símbolo dessa tragédia da 'consciência infeliz' que tem, no final, de dar razão aos seus carrascos.
Comte não parece ter errado no essencial. A deusa da Razão, que ainda presidiu às comemorações no Champ de Mars, de 1793, não aguentou a investida dos 'naturalmente bons' que permaneceram cegos diante da sua face radiosa. Claro que isso nada provava contra a excelência do 'novo Deus'. Mas a ideia de que 'forçar alguém a ser livre' é, em última análise, um dever moral fez, entretanto, o seu caminho, ajudada pela força da lógica e da analogia.
Porque, se é um paradoxo alguém ser livre no momento em que é forçado a sê-lo, só um preconceito 'metafísico' nos impede de reconhecer que todos crescemos dessa maneira; começámos por ser crianças, isto é, fomos 'obrigados' a ser homens (e não meninos-selvagens). E que houve um tempo em que fomos 'filhos de Deus', o que representa melhor, talvez, o nosso verdadeiro ser e a nossa condição cósmica, em que a noção de liberdade não é 'metafísica' e só tem sentido dentro da esfera política. A verdade é que as credenciais teóricas importam pouco perante a fé que 'move montanhas'. Como dizia Mário Sacramento, 'diante do Bezerro de Oiro, todos somos homens de fé'.
Agora, na presente idade 'pós-positivista', e, cada vez menos política (pelo menos, no sentido antigo de cidadania, e porque todo o discurso se tornou redundante), é como se nem precisássemos de ser forçados: somos livres por definição para tomar decisões simuladas, isto é, que encaramos, superficialmente, como nos pertencendo.
"L'Homme Révolté" (Albert Camus)
A liberdade, a Igualdade e a Fraternidade (a trilogia da Revolução Francesa) são princípios abstractos que emanam de uma Razão universal emancipada, mas tolhida por uma 'doença infantil' que 'justificou' a crença num progresso eterno da virtude e que redundou, já nos nossos tempos, numa sucessão de crimes sistemáticos, mas com as mais altas aspirações. O cinismo social que já era uma característica do período decadente do 'ancien régime' voltou a flagelar a sociedade saída dos partos revolucionários do século XX, mas sob o modo trágico (apesar do 'mot' de Marx sobre o regresso como farsa). A personagem de 'Dark at Noon', Rubashev, é um símbolo dessa tragédia da 'consciência infeliz' que tem, no final, de dar razão aos seus carrascos.
Comte não parece ter errado no essencial. A deusa da Razão, que ainda presidiu às comemorações no Champ de Mars, de 1793, não aguentou a investida dos 'naturalmente bons' que permaneceram cegos diante da sua face radiosa. Claro que isso nada provava contra a excelência do 'novo Deus'. Mas a ideia de que 'forçar alguém a ser livre' é, em última análise, um dever moral fez, entretanto, o seu caminho, ajudada pela força da lógica e da analogia.
Porque, se é um paradoxo alguém ser livre no momento em que é forçado a sê-lo, só um preconceito 'metafísico' nos impede de reconhecer que todos crescemos dessa maneira; começámos por ser crianças, isto é, fomos 'obrigados' a ser homens (e não meninos-selvagens). E que houve um tempo em que fomos 'filhos de Deus', o que representa melhor, talvez, o nosso verdadeiro ser e a nossa condição cósmica, em que a noção de liberdade não é 'metafísica' e só tem sentido dentro da esfera política. A verdade é que as credenciais teóricas importam pouco perante a fé que 'move montanhas'. Como dizia Mário Sacramento, 'diante do Bezerro de Oiro, todos somos homens de fé'.
Agora, na presente idade 'pós-positivista', e, cada vez menos política (pelo menos, no sentido antigo de cidadania, e porque todo o discurso se tornou redundante), é como se nem precisássemos de ser forçados: somos livres por definição para tomar decisões simuladas, isto é, que encaramos, superficialmente, como nos pertencendo.
VIVER (N)O FUTURO
Mário Martins
http://expresso.sapo.pt/Capaso
Diz-se que a vida é o presente e de facto, em rigor, nada aconteceu no passado mas sim no presente que passou (e que ficou ou não na nossa memória individual e colectiva), tal como nada acontecerá no futuro mas sim no presente que há-de suceder. O que poderá parecer um simples jogo de palavras traduz, no entanto, as nossas dificuldades em reconstituir fielmente o passado ou em predizer o futuro. Mas apesar de o futuro não poder ser mais do que uma probabilidade de acontecimentos ou uma espécie de nuvem depositária de esperanças e temores mais ou menos indefinidos, ele ocupa boa parte das nossas cabeças. Se no quotidiano dedicamos uma permanente atenção e de algum modo antecipamos as sensações, boas ou más, do que vamos fazer logo ou mais tarde, no plano colectivo os analistas esforçam-se por prever “o que aí vem”.
É com este sugestivo título que o último número do ano findo da revista do semanário Expresso se abalança a prever o futuro. Ricardo Costa, numa abordagem política aparentemente bem armada, profecia: “Eis o resumo do futuro do mundo: terrorismo, crise dos refugiados, ressurgimento da xenofobia, proteccionismo comercial, aparente escalada nuclear e implosão dos sistemas partidários. E algo de bom? Sim, claro. Vamos (os portugueses) estar longe de tudo isto. Como sempre estivemos.”. E Daniel Oliveira, num artigo mais estrutural intitulado “O admirável mundo sem emprego”, alerta: “O medo de um mundo sem trabalho é tão antigo como a tecnologia. Só que estamos perante uma alteração sem paralelo na História. Pela rapidez e pela capacidade de as máquinas garantirem o seu próprio desenvolvimento, dispensando-nos de quase tudo”. Para o analista, o modelo de negócio da indústria registará, nos próximos quatro anos, o impacto da robótica, dos transportes autónomos, da inteligência artificial, dos materiais avançados, da biotecnologia.
A previsão de Ricardo Costa estaria logicamente certa se visasse, especificamente, o lado negro do futuro do mundo (admitindo, sem discutir, que o proteccionismo comercial e a implosão dos actuais sistemas partidários sejam ocorrências negativas), mas assim como a lua não tem só um lado “escuro”, não é expectável que o mundo de amanhã não tenha também um lado brilhante.
Já a antevisão de um mundo em que o trabalho é, por saltos evolutivos cada vez mais rápidos, desempenhado por máquinas, parece bastante plausível, face à realidade actual e, sobretudo, aos anunciados desenvolvimentos da robótica e da inteligência artificial. Verdadeiramente ninguém sabe o que aí vem e, muito menos, as dramáticas implicações da conversão do trabalho em lazer, para a qual nem sequer conceptualmente estamos preparados. Sem referencial no passado a que nos agarrarmos, resta-nos ter esperança na formidável capacidade de adaptação humana.
Subscrever:
Mensagens (Atom)