Katyn, o massacre dos oficiais polacos e de outros seus compatriotas, durante a II Guerra Mundial, a que Andrzej Wajda dedicou o seu último filme (o seu pai foi um dos então executados), é um dos exemplos mais flagrantes que podemos encontrar em confirmação da tese de que tal coisa como o Mal existe.
Na sequência do pacto assinado entre Ribbentrop e Molotov, a Polónia é invadida em Setembro de 1939 pelas tropas de Hitler e, sete meses mais tarde, pelas de Staline.
A chacina de 4500 oficiais polacos pela NKVD soviética foi mantida secreta nas valas da floresta de Katyn, perto de Smolensk, até que foi descoberta pelos nazis que ocuparam a região, em 1943. Goebbels dirá desse maná para a sua propaganda, no seu diário: "vamos viver disso durante uns tempos".
Não conseguiu dividir, nem desmoralizar os Aliados e, entretanto, Estaline, o verdadeiro responsável, desmentiu sempre, devolvendo aos Alemães a acusação, certo de que essa mentira era mais do que credível e que as razões de segurança determinavam essa conduta.
Sabemos como entre os Aliados, e mesmo Churchill, se contemporizou por razões semelhantes.
A humanidade, neste caso, confundia-se com a verdade e devia ser silenciada, a justiça tinha de ser adiada (até aos tempos da Perestroika). Tudo porque uma força maior impunha a sua lei.
Estes ferros, esta mecânica são todo o mal. Quando atravessam os humanos e os transformam em simples engrenagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário