Manuel Joaquim
Numa certa noite de semanas atrás, deitei-me, já tarde, e, como é habitual, cobri a cabeça com o cobertor para me sentir mais confortável e adormecer logo de seguida.
Apareceu-me num sonho um menino pequenino que sonhava com vulcões, com fumarolas, com rochas vulcânicas e com pássaros que punham os seus ovos na nova vegetação nascida nas cinzas.
A paisagem, à volta do vulcão, era praticamente deserta, cinzas e pequenos arbustos. Não via ninguém.
Com curiosidade decidiu entrar na cratera do vulcão para ver se encontrava alguma coisa de interesse. Mas sentiu pequenos ruídos e o chão a trepidar. Ficou cheio de medo e pensou que o vulcão ainda estava vivo. Pois, lembrava-se da professora da escola ter falado em vulcões e ter dito que alguns continuavam vivos e outros estavam adormecidos. Será que o vulcão estava a acordar por causa dos seus pequeninos passos, mas que faziam eco?
Por isso começou a correr velozmente cá para fora antes que o vulcão acordasse. Cá fora apanhou pequenas rochas vulcânicas para recordação. Entre elas estavam pedras-pomes de que já tinha ouvido falar que serviam para lavar as mãos.
Com toda aquela precipitação de fugir, o menino acordou do seu sonho no vulcão. Mas continuou a dormir.
Passado algum tempo voltou a sonhar. Agora começou a sonhar com viagens ao espaço, com viagens à lua, com foguetões e satélites.
Já era engenheiro de foguetões espaciais e de naves tripuladas para a exploração do cosmos. No seu sonho lindo desenhou dois foguetões para o levar para o espaço e construiu um fato à sua medida para poder fazer a viagem. O fato era igual ao do primeiro cosmonauta que ele tinha visto numa revista. O menino estava a trabalhar com tanta vontade sem ajuda de ninguém, mas quando pôs os motores do foguetão a trabalhar fizeram tanto barulho que eu próprio acordei.
Vou tentar sonhar de novo com esse menino para ver se já é engenheiro espacial.
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