Mário Martins
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Segundo dados divulgados no início do ano pela revista inglesa “The Economist”, menos de metade (47,7%) da população de 167 países analisados (a ONU contabiliza 193 países no mundo) vive em algum tipo de democracia, e apenas 4,5% vive numa democracia plena.
De acordo com o Índice de Democracia compilado pela revista, os países são classificados em "democracias plenas", "democracias com falhas", "regimes híbridos" (todos considerados democracias) e "regimes autoritários" (considerados ditatoriais)*, com base em cinco critérios (processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis).
Dos 167 países analisados, regista-se um total de 20 democracias plenas, 55 democracias com falhas, 39 classificados como regimes híbridos e 53 regimes autoritários.
As 20 democracias plenas são (pontuação global entre parênteses numa escala de 0 a 10): 1. Noruega (9.87), 2. Islândia (9.58), 3. Suécia (9.39), 4. Nova Zelândia (9.26), 5. Dinamarca (9.22), 6. Irlanda (9.15), 7. Canadá (9.15), 8. Finlândia (9.14), 9. Austrália (9.09), 10. Suiça (9.03), 11. Holanda (8.89), 12. Luxemburgo (8.81), 13. Alemanha (8.68), 14. Reino Unido (8.53), 15. Uruguai (8.38), 16. Áustria (8.29), 17. Maurícia (8.22), 18. Malta (8.21), 19. Espanha (8.08), 20. Costa Rica (8.07).
Aqui, como em outros índices civilizacionais, mais uma vez se verifica o predomínio dos países escandinavos, ao passo que a França dos Direitos do Homem, com uma pontuação de 7.80 e o 29º. lugar, não consegue ser classificada como uma democracia plena. E que lugar ocupam na tabela, com que pontuação, e como são classificadas as três maiores potências geopolíticas mundiais?: 25º. Estados Unidos (7.96), democracia com falhas; 130º. China (3.32), regime autoritário; 145º. Rússia (2.94), regime autoritário.
Portugal está na 27.ª posição (com uma pontuação global de 7.84, distribuída por processo eleitoral e pluralismo 9.58, funcionamento do governo 7.50, participação política 6.11, cultura política 6.88, e liberdades civis 9.12).
Este Índice Estatístico** de Democracia (Política, acrescento eu, uma vez que é desta que exclusivamente trata), sendo, evidentemente, passível de várias abordagens e leituras, quantifica o argumento de que não basta haver eleições para um regime ser considerado democrático e, muito menos, uma democracia plena.
*Ver
definições em https://en.wikipedia.org/wiki/Democracy_Index
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