Mário Faria
Eu acho que não tenho a certeza mas é bem provável que talvez, o problema da história seja o persistente poder do mal sobre o bem e que não se deve confiar em ninguém que não tenha um poder limitado e controlado.
Quando se trata de solidariedade, talvez fosse bom começar pela questão do reconhecimento: não há vínculo social equilibrado onde as pessoas não são reconhecidas no mesmo grau de dignidade e ter sempre em mente que a justiça não é igualdade, é favorecer o mais desfavorecido.
A direita odeia o povo tal como ele é, mas procura, para que as fronteiras fiquem claras, que ele continue a ser aquilo que ele é e a esquerda deve assumir, sem complexos, uma verdade simples: ainda está por inventar uma democracia viável sem economia do mercado.
A extrema-esquerda é fascista e totalitária: conta-se entre os melhores aliados do terrorismo islâmico. A extrema-esquerda é o lumpen-folclore dos drogados no ódio à democracia e cultiva o “piercing” repugnante da violência sob as tatuagens farfalhudas do pacifismo.
A relação entre o pensamento e o discurso é muito subtil: dum indivíduo que só pensa e nunca fale, não podemos saber se pensa. Só ele o sabe. Dum que fale muito, também não sabemos se pensa. E às vezes nem ele.
O que assusta mais são as coisas não assumidas, as coisas escondidas. A mentira em que nós vivemos, chamo-lhe primitivismo porque o homem está mais perto do homem primitivo do que alguma vez esteve. No século XXI estamos a equiparar-nos muito bem ao nazismo. Sente-se que um novo nazismo paira com os registos adequados ao vento que passa.
Talvez por isso, deveremos considerar que é necessário considerar que o impossível é mesmo certo e inevitável para que o impossível se torne impossível.
Nota: Uma conversa imaginária retirada de textos da imprensa nacional de algumas distintas figuras da nossa praça. Destaco EPC. Merece.
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