Manuel Joaquim
(Tavira) |
Esta semana estive em Tavira a participar, com o Grupo Coral da AGEAS, na inauguração da exposição de fotografia , “Azul, Tesouros Islâmicos do Uzbequistão”, de Luís Reina, no museu Islâmico, e no “Concerto de Outono”, na Igreja da Misericórdia, que teve, também, a participação do Grupo Coral de Tavira e do Grupo Coral de Quarteira.
Passeando pela cidade, vi em quase todos os estabelecimentos comerciais, restaurantes e instituições culturais e recreativas, uma campanha muito forte contra a exploração de petróleo e gás em Portugal, com recolha de assinaturas.
Ao procurar informações sobre essa campanha, vi que muitas pessoas manifestavam grande preocupação com o eventual desenvolvimento desse processo. A campanha está em curso em todo o Algarve e tem o apoio de muitas associações e movimentos.
E são contra a exploração de petróleo e gás em Portugal pelo seguinte:
“Pelo risco de contaminação dos aceanos e solos:
Nas explorações offshore existe um enorme prejuízo para a biodiversidade marinha, devido às perdas regulares de hidrocarbonetos, com reflexos evidentes nas pescas. Em explorações terrestres, não convencionais, como o fracking, existem fortes possibilidades de contaminação dos solos e lençóis freáticos.
Contra a destruição e empobrecimento da paisagem:
Pela sua natureza natural, e enorme diversidade ambiental, o nosso país, nomeadamente o Algarve, é procurado por visitantes nacionais e estrangeiros. Não podemos dar-nos ao luxo de o estragarmos.
Pelo empobrecimento que trará:
Portugal depende muito do Turismo. Os impactos esperados condicionarão fortemente esta indústria. Por outro lado, as baixíssimas rendas de exploração, bem como as ridículas percentagens dos lucros negociados nos contratos, não geram verdadeira riqueza.
Pelo risco sísmico:
Muitas das zonas sujeitas a perfurações são de elevada sismicidade. A injecção de águas residuais e salgada no subsolo pode, por si só, originar sismos suficientemente grandes para serem sentidos e causar danos.
Pelo potencial renovável:
Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar. Temos também um grande potencial eólico e uma consolidada capacidade tecnológica. Pura e simplesmente, não precisamos deste tipo de “recursos” nocivos.
Contra o aumento das emissões poluentes:
A combustão de hidrocarbonetos emite gases com efeito de estufa. Apenas o consumo das reservas convencionais de combustíveis fósseis já conhecidas no subsolo faria aumentar em mais de 2 graus a temperatura média do planeta. Isto já nos colocará numa trajectória de elevados impactos climáticos com consequências ambientais, sociais e económicas bastante elevadas. Para quê ir procurar mais reservas e explorá-las?
Terá o Estado Português consciência daquilo com que se comprometeu ao assinar o acordo COP21 em Dezembro de 2015? (http;//www.futurolimpo.org/; http://asmaa-algarve.org Facebook Futuro Limpo”)
Enviaram mensagens para os Presidentes das Câmaras e para os líderes parlamentares portugueses e europeus.
É uma campanha muito forte mas que não tem ecos na comunicação social dominante.
No artigo do mês passado “ Ibéria” está um erro que importa corrigir.
A Espanha não é o segundo maior país da EU, conforme está referido. É, de facto, o segundo maior país do sul da EU.
De acordo com a informação que um Amigo leitor (GM) me fez chegar, que muito agradeço, os maiores países da EU são os seguintes:
Alemanha: 80 milhões;
França: 65 milhões;
Itália: 59 milhões;
Inglaterra: 53 milhões.
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