Há duas formas de tratar a sexualidade. A primeira é a forma moral ou religiosa: a sexualidade é um pecado, é má e é suja. A segunda é a forma realista. A educação sexual na escola é uma história infeliz; os pais não deveriam nunca aceitar que se apresente aos seus filhos, em forma de lição, o lado emocional da sexualidade, nem tão pouco em forma de aulas onde se fale em termos técnicos do êxtase que o acto sexual proporciona.
Os adolescentes não deveriam aprender demasiadas coisas no que diz respeito à técnica do acto sexual pois o interesse e o atractivo do amor é precisamente a descoberta, por eles próprios, dessas mesmas técnicas.
Em matéria de psicologia, a regra é que a escola transmita apenas as coisas mais elementares. Se a sexualidade for ensinada da mesma maneira, básica e ligeiramente, será preferível a escola abster-se de tal empreendimento.
Do ponto de vista da segurança, tudo o que uma jovem precisa de saber é que fazer amor sem o emprego de um anti-concepcional bem escolhido pode naturalmente resultar numa gravidez; por outro lado, raparigas e rapazes deveriam ser informados que as doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a sida, existem e que são perigosas ao ponto de poderem pôs as suas vidas em risco.
A maior parte das crianças obtém as suas informações sobre a sexualidade junto dos seus camaradas de escola ou de jogo; e estas informações são geralmente erradas e eivadas de pornografia e de sadismo. O resultado é que muitas “primeiras vezes” ou mesmo “luas de mel” se assemelham a violações e que muitas mulheres casadas (ainda) passam a ter horror das relações sexuais depois dessa primeira experiência.
Numa sociedade saudável a questão deveria ser tratada livremente, em família, antes do período da adolescência das crianças.
Sem comentários:
Enviar um comentário