Mário Martins
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“Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países”
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948
“Não há muros altos o suficiente para conter pessoas com fome”
Barack Obama, Porto, Julho2018
Se é difícil passar ao lado deste flagelo que fissura a Europa e faz do Mediterrâneo um cemitério, e fácil condenar os países que reforçaram a fechadura da porta, esta fuga em massa - seja por razões de pobreza, de guerra, de severidade climática, ou de perseguição religiosa ou política - agudiza a tensão entre as concepções de humanidade e multiculturalismo, de um lado, e as de nação e cultura, do outro. Entretanto, se perguntássemos por que razão a maciça emigração portuguesa foi bem integrada pelos países de acolhimento, certamente que a resposta não podería menosprezar a pertença ao mesmo espaço civilizacional e o respeito pelas regras das novas sociedades, sem esquecer, naturalmente, o interesse económico subjacente. Para lá da nefasta influência do xenofobismo político, não é difícil prever que as sociedades europeias não aceitarão pacificamente que o seu cimento cultural, o seu modo de vida, as regras políticas em que assentam, sejam postos em causa. A “emigração” de capital produtivo, através de canais a salvo de elites corruptas, para os países de origem do caudal migratório actual, e a recusa de aventureirismos bélicos, poderiam ser o inicio de uma solução.
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