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04/11/16

NUNCA COMO NO OUTONO

Mário Martins


Chopin e George Sand
http://www.polishnews.com/index.php?option


Nunca como no Outono
os telhados são tão oblíquos
a luz tão coada 
tão românticos os jardins e as fontes 
a paisagem tão quieta
o éter tão propício a uma balada de Chopin
As árvores mais atrevidas 
indiferentes a gripes e constipações
despem-se na praça pública
lançando a roupa mais secreta
aos pés de quem passa
Tonificados pelas viagens
pelo sal do mar 
pelo ar das serras
ou pela festa da aldeia
reentramos no habitual 
onde, diz Agustina, o amor é invisível

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