António Mesquita
"A agência de 'rating' Moody's considerou hoje que a imposição de um limite constitucional ao défice, acordado pelos dois maiores partidos espanhóis, é positiva para o futuro de Espanha."
Madrid, 29 ago (Lusa)
Já alguém pensou no que vale a promessa de alguém que jurasse a eterna solvência?
Agora, trata-se do Estado e não do indivíduo, e a questão só se agrava. Porque como pode alguém ter mais controle sobre o Estado, no futuro, do que sobre as suas próprias contas?
Isto quer significar simplesmente que damos a terceiros o poder de nos colocarem fora da lei. Não era precisa tanta subserviência nem tanta falta de senso para mostrar bom comportamento diante dos credores.
Mas parece que tudo isto não nos diz respeito ou é de somenos. Entramos naquela incredulidade que todos experimentamos diante dos números astronómicos.
A sabedoria popular aconselha-nos a nunca dizermos "desta água não beberei": mas, como se sabe, o poder não é sábio e parece até que é um afrodisíaco...
Depois do "desvio colossal", nada deve surpreender-nos. A "rentrée" está ainda em plena "silly season".
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