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01/11/08

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CONHECER E COMPREENDER (2)


Mário Martins
A Via Láctea (imagem artística)



É claro para mim que a única fonte de conhecimento e compreensão é a observação e o pensamento humanos ou, melhor dizendo, a mediação da realidade pelos sentidos e pela mente humanos.
Se assim é, e sendo a natureza um dado do qual os seres humanos são um produto (não interessa agora se a natureza foi criada ou é incriada), segue-se que a humanidade não pode furtar-se à sua condição de aluna da realidade, aprendendo por tentativa e erro.
Esta condição está, aliás, bem assumida pelo método científico, o qual, face aos factos observados, imagina hipóteses e experiências, visando construir modelos de interpretação da realidade ou de bocados dela, os quais não só devem explicar como e porquê ocorrem os factos observados, como devem determinar que, em condições dadas, esses factos terão que necessariamente ocorrer, estabelecendo e descobrindo, assim, as teorias científicas e as leis da natureza.
Nunca é demais assinalar que a principal característica do método científico é que o modelo, para além da sua coerência lógica interna, tem de estar em concordância com os factos observados, quer no próprio momento da sua construção quer no futuro. Isto significa que se novos factos ou factos antes não considerados não forem explicados ou contrariarem o modelo (e assumindo que este não estava pura e simplesmente errado), a teoria tem que ser revista ou abandonada.
Portanto, o que é essencial mas também dramático na ciência é a incerteza ou, dito de outra maneira, é o carácter incerto das suas certezas (passe o jogo de palavras). Isto é de tal modo condicionante, que mesmo quando uma teoria resiste à passagem dos séculos nunca podemos estar absolutamente certos de que a descoberta de novos factos não venha pô-la em causa.
Tal não quer dizer que a teoria não constitua, eventualmente, uma verdade absoluta, nós é que nunca o poderemos saber. Para usar uma imagem, é um pouco o que se passa com a visão da nossa galáxia. Só conseguimos observar, em céu nocturno propício, um braço ou uma porção dele, na forma de uma majestosa “estrada do leite”. Para a vermos completamente teríamos que sair dela (como saímos da Terra), o que é uma ideia ainda assim menos absurda do que sair da natureza…
Existe ainda uma variedade da crença na omnisciência progressiva da ciência que consiste em acreditar que a lei da evolução por selecção natural fará aumentar de tal ordem as nossas capacidades cerebrais, que nos transformará um dia, por assim dizer, em deuses. O problema, no entanto, mantém-se. Como poderemos saber que as nossas capacidades mentais atingiram o horizonte divino? ou que a lei da evolução cessou os seus efeitos?
Anthony Kenny, na sua obra já citada, afirma “não acreditar que todas as áreas problemáticas serão (no futuro) suficientemente clarificadas para se estabelecerem como ciências independentes: a teoria do significado, a epistemologia, a filosofia da mente, a ética e a metafísica serão sempre filosóficas”.
Não poderia estar mais de acordo com ele. Acho, contra a moda do tempo, que a filosofia não só é necessária como sobreviverá à vaga obscurantista que assola o mundo de hoje.


A CRISE


Mário Faria

Manifestação contra el Corralito em Fevereiro de 2002, na Argentina

Assim que souberam, que o então ministro da economia Domingos Cavallo ia impor o “corralito” (restrições na movimentação de contas bancárias), 1500 empresários e outras destacadas personalidades levaram para fora do país qualquer coisa como 3 mil milhões de dólares. Em 1974, a desigualdade social, ou seja a diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres era de seis vezes. Em 2001, o fosso atingiu 46,6.
O primeiro aviso, deste século ocorreu lá : o mercado não só não resolveu os problemas, como não ficou imune das cadeias que costuma estabelecer para optimizar os seus proveitos. Com o seu potencial e as suas fragilidades, na Argentina como em Portugal, o capitalismo é demasiado importante para ser deixado ao arbítrio dos capitalistas.
Os mercados não funcionam tão perfeitamente como afirmam os modelos simplistas baseados nos postulados da concorrência e da informação. Não é assim que as coisas se passam : hoje a mundialização não funciona. Não funciona para os pobres do mundo. Não funciona para o meio ambiente. Não funciona para a estabilidade da economia mundial, e fica demasiado exposta ao jogo da especulação financeira, sem rosto e sem fronteiras.
O mercado é uma instituição que só existe através de outras instituições. Se não houver, a par do mercado, um bom sistema jurídico, um bom sistema de direito que defina a propriedade e que defina as relações de troca, se não houver uma boa rede bancária, se não houver toda uma série de instituições, se não houver um Estado que regulamente o mercado, então ele não funciona, transforma-se numa máfia.
É necessário considerar que o impossível é mesmo certo e inevitável para que o impossível se torne impossível, considerando a precaução insuficiente: a precaução baseia-se na incerteza de que algo possa vir ou não vir a acontecer; o catastrofismo esclarecido parte do princípio de que vai mesmo acontecer. Nenhum dos iminentes figurões que sabem tudo de economia e finanças, foi capaz de nos avisar. Afinal, eles enganam-se muito e erram de forma irresponsavelmente descarada.
A globalização é o predomínio do mercado sobre a política : a globalização cria riqueza aumentando a insegurança. Quem gere a nova insegurança? Ninguém. A internacionalização política fica atrás da económica.
Kahneman e Tversky, este último já falecido, mostraram como as decisões em situações de incerteza se afastam da racionalidade prescrita na teoria económica tradicional, em virtude do peso importante de factores de ordem psicológica e cultural, como por exemplo os modelos mentais, as emoções, as atitudes, as memórias das experiências do passado e a percepção das suas consequências em situações semelhantes. Assim, em situações incertas as pessoas tendem a basear-se em heurísticas, senso comum e em métodos práticos de tomar as decisões.
A agenda política dos conservadores americanos é intrinsecamente revolucionária. Desde o início, os americanos viram os seus valores e instituições como a expressão de aspirações universais que um dia seriam relevantes muito além fronteiras. A democracia, o governo constitucional, os direitos individuais e o mercado livre, servem os USA como todos os outros estados. O mercado livre integra um sistema auto-regulador eficiente : menos Estado, menos intervenção a não ser que sirva para servir os interesses do sistema, nomeadamente da banca.
Sabemos agora (o que sempre desconfiámos) que o mercado nos pode deixar muito próximo do precipício. É fácil : primeiro, surge uma nova e maravilhosa tecnologia ou ideia económica. Depois de alguns anos de segurança e prosperidade, é engendrada o conceito que as velhas regras não se aplicam mais. O cenário parece cor de rosa, e a nova tendência, antes confinada aos investidores graúdos, ganha a comunidade. Todos passam a comprar acções, a investir em capital de risco, e, de repente, pluff, a bolha estoura. Os heróis tornam-se vilões, as falências disseminam-se.
São os ciclos, são as bolhas, são os produtos tóxicos. O que sobra de riqueza no jargão da linguagem económica e financeira, falta nas empresas e nos cidadãos. Os pobres, esses, ficam muito aliviados depois de ler que em Portugal a pobreza desceu de 1,8 para 1,6 milhões de pessoas. Só não percebem porque continuam pior, e não fazem parte desses 200 mil que deixaram o paradigma dessa vergonha que é ser pobre e excluído. O que lhes falta cumprir ?
Sem rodeios, a verdade nua e crua é só uma : o nosso Governo não tem ao seu dispor instrumentos eficazes, aquelas armas clássicas da política económica para reverter uma situação de crise deste ou doutro tipo. Estamos absolutamente à mercê da conjuntura internacional, quando a crise internacional parece ser mais sistémica e menos conjuntural.
É necessário apertar o cinto, diminuir o crescimento de salários, aumentar o desemprego, permitir os despedimentos, privatizar os serviços públicos, investir e inovar. É urgente realizar uma reforma de mentalidades.
Sinceramente, acho que muitos desses sábios e senadores que escreveram (e insistem em escrever) este tipo de palavreado altamente tóxico, quando lhes dá na bolha, precisam de urgente reciclagem. Julgando-se muito inteligentes e sapientes, tornaram-se estupidamente reaccionários para parecer que são modernos e lucidamente progressistas.
Já tinha compreendido que havia portugueses com direitos, conquistas e mordomias insustentáveis e que são esses os que mais defendem que é preciso acabar com os privilégios.
Neste momento de crise aguda do sistema capitalista, é imperioso que a esquerda se assuma na defesa dos trabalhadores e de todos excluídos, pois uma democracia não pode acabar onde começa a propriedade privada.

Parte deste artigo recebeu subsídios de textos de : Joseph E.Stiglitz, René Passet, Jean Pierre Dupuy, Sérgio Figueiredo, Eduardo Prado Coelho, Francis Fukuyama e António Barreto.


AS FORMAS DE DEUS

Alcino Silva
Santa Sofia (Istambul)


O nosso olhar pode muitas vezes perder-se no pormenor, pode até imiscuir-se neste e naquele aspecto minúsculo do que é grande, magnífico e soberbo, mas na verdade, onde nos perdemos em definitivo é no aspecto altivo e grandioso das construções, sobretudo das que se destacam por uma arquitectura e estética que deslumbra.
Quando viajamos pela Europa, sempre nos detemos perante as catedrais que desafiam o homem, sobretudo aquelas que foram desenhadas, concebidas e construídas nesse momento medieval em que uma burguesia que já ameaçava ser opulenta, fazia uma afirmação da sua riqueza e a Igreja, fazia questão de não abdicar do sagrado, desse espaço onde governava e mandava há séculos.
Quantas vezes, paralisa-nos o espanto da grandeza da obra e da beleza das pedras, do brilho dos seus vitrais, da delicadeza das suas colunas ou como os seus pináculos se erguem para o céu.
Contudo, a sua construção nunca aconteceu ao ocaso. Desde o espaço onde foram concebidas, a forma como foram erguidas, a escolha da pedra que lhes deu talhe, a concepção dos seus arcos ogivais, os seus vidros coloridos, todos os aspectos cumpriam uma missão e visavam um fim. Não era apenas a convivência com Deus, era também a maneira como se desejava recebê-lo, como se pretendia que visse os crentes, os olhasse, os protegesse e os abençoasse. Os seus vitrais abriam as paredes desses extraordinários templos para a luz e as abóbadas desembrulhavam-se em autênticos desafios à gravidade, formando amplos espaços onde parecia ser possível acolher todos os fiéis. Deus, era assim visto da terra e, podia ver, olhando do céu, tudo ao mesmo tempo. Estas catedrais de arquitectura deslumbrante, não era um mero lugar para orar, pretendia-se que fossem também um território de convivência com o ser superior interiorizado na figura de Deus.
Na descrição da cúpula da catedral de Santa Sofia, ficamos a saber que os crentes, “em vez de olhar para a abside, [ao entrarem têm] a vista imediatamente atraída pela cúpula, imagem da esfera celeste. A sensação mistura o esmagamento que decorre da finitude humana e a elevação progressiva do olhar e da alma para o Reino de Deus. Além disso, a iluminação vem do alto: das 40 janelas que rasgam a base da cúpula e das janelas abertas nos muros altos dos arcos formeiros que sustentam o quadrado da cúpula a norte e a sul. Vinda do cimo, a claridade é ao mesmo tempo um símbolo da luz celeste e um convite a olhar para o Céu” (1).
Nestes monumentos religiosos que tanta atenção nos cativam, quer os encontremos no sul ou no norte do continente, nada ficava ao acaso e tudo ocupava um lugar e uma função, tendo como centro das atenções o que podia ser a presença figurativa de Deus, pelo que se adivinha ao entrarmos, um jogo que nos é proporcionado entre o real e o fantástico.
Henri Focillon fala-nos desta forma da Arte do Ocidente na época medieval: “O arquitecto intérprete do peso é igualmente intérprete da luz pela maneira como calcula e combina os efeitos. Não devemos restringir esta questão aos problemas da iluminação: têm uma importância capital e vê-los-emos ligados aos problemas da estrutura e do equilíbrio e, durante todo o curso da Idade Média, evoluírem as suas soluções de acordo com as soluções construtivas. Mas o estudo dos efeitos não se limita a isto. Diz respeito à relação dos vazios e dos cheios, das sombras e dos claros, e talvez sobretudo do nu e da decoração. Finalmente, a arquitectura não é desenho ou fotografia: é realizada na matéria. Sente-se imediatamente quanto a importância e a particularidade desta noção se repercutem em todos os tratamentos. Interessa a estrutura duma maneira fundamental, porque as diversas espécies de materiais comportam a sua lei íntima e as suas exigências, que se impõem às funções, ao aparelho e que restringem ou permitem a extensão dos programas. Além disso, a matéria é epiderme e cor e, por aí, contribui com sedução, com força, para a vida duma arte que não é apenas concebida para a análise técnica e para a anatomia, mas para o contentamento da vista. Actua nas relações que acabamos de evocar e que, ora dando a predominância aos cheios, às vastas superfícies luminosas, à economia arquitectural da decoração, ora assegurando-a aos vazios, ao equívoco do claro-escuro, à profusão das partes esculpidas, cria, com o mesmo vocabulário, formas, sintaxes, línguas e poéticas diferentes” (2).
Nas nossas viagens, olhemos um pouco mais para a profundidade das construções que se expõem aos nossos olhos, tentemos interrogar as pedras que se acastelam, as figuras coloridas que nos vidros adquirem formas de vida, sigamos os raios de luz que penetram pelas aberturas e vejamos até onde nos conduzem e que nos dizem, que palavras, que gestos, que símbolos, contêm. Há uma linguagem, ora mágica, imaginativa além, por vezes no domínio do fantástico e da ficção, simbologia sagrada no âmbito da mensagem, debruçada sobre a paisagem em desafio ao profano, mas com a beleza desses momentos que somados os espaços da história, constituem a cultura do todo.

(1) Ducellier, Alan, Kaplan, Michel, Martin, Bernardette, in “A Idade Média no Oriente-Bizâncio e o Islão”, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1999.
(2) Focillon, Henri, in “Arte do Ocidente-a idade média românica e gótica”, editorial Estampa, Lisboa, 1993.

O SOBRETUDO


Cristina Guerreiro
Homme mettant un pardessus de Dethomas Maxime



Avistou-o sentado, aquele ar grave quase carrancudo que lhe conhecia parecia fazer parte da indumentária, um complemento ao sobretudo grosso cinzentão que lhe tornava os ombros mais quadrados.

Sentiu um aperto no peito.

Avançou, tocou-lhe na mão agarrada ao jornal, ele levantou-se e abraçou-a forte, vagarosamente, enorme na sua estatura, delicado no enlace.

Sentaram-se de mãos dadas, ela sentiu distintamente o calor dele amornar-lhe as suas vindas do frio de fora, o sorriso dele doer-lhe mais no peito.

Ele falou dos dias de sol por vir e do frio que os obrigava a chegarem-se mais um ao outro. Ela não foi capaz de lhe dizer, concordou com um aceno de cabeça, procurou dentro de si coisas bastantes que lhe mudassem a vontade mas não foi capaz.

Dizia que sim ao que ele lhe dizia e dizia não, nem sempre, à voz do peito, a quem falava fluente sobre a sua decisão mas emudecia-lhe o olhar quando achava que tinha chegado a altura.

Nunca seria a altura ideal. Nunca seria o nome do dia em que ele entenderia e nunca era também o carimbo que selava a coragem precisada naquele instante já tão adiado.

Nunca seria capaz de lhe dizer que o gostava como se gostam das coisas simples da vida, de homens bons que se zangam na ira da injustiça, daqueles que erguem o punho ao marcar-se a vitória. E nunca seria capaz de lhe dizer que no peito lhe faltava a lenha para queimar barcos e nadar até à margem só para agarrar a estrela do mar.

Por tudo isso, quando se levantaram ela enfiou a mão esquerda no bolso do sobretudo dele como sempre fazia. Por tudo isso ela voltou atrás para buscar qualquer coisa esquecida.

E por tudo isso ele haveria de a esquecer quando achasse no bolso o bilhete a dizer-lhe adeus.


O TANDEM

António Mesquita



Para compreendermos a política, podemos servir-nos do discurso que ela tem para si própria?

Um partido não deverá ser julgado como se a adequação do programa à sua prática fosse a questão.

As organizações precisam, mais do que apresentar uma imagem para o exterior, de se justificarem a si próprias, para o que servem, fundamentalmente, o programa e a interpretação que elas fazem da sua praxis.

Nesse trabalho de auto-referenciação, como diz Niklas Luhmann, a manutenção de um índice de diferença, frente às organizações concorrentes, faz parte da função legitimadora. Não importa que a diferença seja apenas verbal, nem que, com o tempo, possa entrar em contradição com posições passadas (neste caso, a história deverá ser reescrita de acordo com uma "síntese superior").

É evidente, por exemplo, no caso das duas centrais sindicais que ambas fazem parte de um sistema, com uma semântica própria. Ao nível confederal, além disso, o sindicalismo encontra-se demasiado próximo da política para a prática de cada central não ter de marcar uma diferença, não só em relação à outra, como em relação aos próprios partidos. Embora a independência em relação aos partidos faça parte do código de legitimação das centrais, sabemos que a realidade pode ser muito diferente, obrigando a uma certa elaboração teórica destinada a fazer passar a nuvem por Juno.

Tanto a UGT como a CGTP não são livres, de facto, de terem o discurso que querem, porque sempre a justificação de uma dependerá do que a outra diz ou faz, de se saber apresentar essa prática como essencialmente distinta e, dadas as raízes históricas do sindicalismo, como moralmente deficitária.

Os "legítimos interesses dos trabalhadores" são o sol que ilumina esta ideia do Bem. O que esse sistema de tandem confederal implica é, porém, que esses interesses façam realmente parte da "ideologia" e que os fins reais de cada organização se refiram à própria organização, como nos propõe a teoria dos sistemas.

Definir, no contexto da complexidade política e social da sociedade moderna, e a cada momento, o que são, de facto, os interesses ( a curto, médio e longo prazo) dos trabalhadores não está, feliz ou infelizmente, ao alcance de nenhum plenário ou de nenhum secretariado. O que está ao alcance de qualquer um deles é, precisamente, a continuidade de um discurso auto-legitimador, a coerência ideológica e, sobretudo, o rendimento duma diferença formal zelosamente mantida com a central concorrente.

Neste tandem, as centrais sindicais dependem, portanto, uma da outra. O discurso da responsabilidade da UGT não seria verosímil (e legitimador), nem o da "superioridade moral" da CGTP, sem a constante referência à prática, real ou suposta, da rival.

Não podemos saber de que forma, por exemplo, a "unicidade" modificaria esta situação, mas não é razão para nos lamentarmos. A central única teria, provavelmente, muito menos capacidade para parecer responder aos problemas, donde a sua inevitável perda de legitimidade.

Dito isto, as razões para se preferir uma central à outra, em nome dum programa ou duma prática sindical, mantêm-se, evidentemente, válidas, embora num plano, de facto, lateral.


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