Sou uma pessoa comum
De mim não rezará a História
E estou aflito
A televisão não pára de me ameaçar
Ora com a incerteza das condições de vida
Ora com a certeza da sua pioria
Doutores da Economia e da Política não me poupam
Ontem com a certeza arrogante
Hoje com a ignorância desesperante
Todos de repente em estranho uníssono
Descobrem virtudes no Estado pesado e detestado
Da crise mundial ocidental
Emerge o homo global
Bum bum bum
Matam e estropiam as bombas boas
Bum bum bum
Matam e estropiam as bombas más
Como pude escapar ainda ileso
Os mortos não julgarão
O que sentirão os estropiados
E os familiares e amigos das vítimas
Incertos democratas nacionais
Pressagiam a mudança de regime
Onde já vi este filme
O ano novo não será tão incerto afinal
A cor da moda será o preto
E não será sazonal
No mundo ocidental e em Portugal
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